214 meninas libertas do Boko Haram estão grávidas
Reféns foram apedrejadas até a morte pelo grupo ou atropeladas pelo Exército, relatam ex-colegas de cativeiro

Fonte: Divulgação
Babatunde Osotimehin , direitor executivo do Fundo para Populações da ONU, informou hoje que pelo menos 214 jovens resgatadas do grupo terrorista Boko Haram estão grávidas. As jovens estão entre as 700 pessoas que as forças nigerianas conseguiram libertar em uma ofensiva contra os radicais.
Enquanto Osotimehin informou que elas precisam de ajuda médica e psicológica urgente, relatos dimensionaram um pouco do terror vivido. Ex-reféns afirmaram que algumas de suas companheiras foram estupradas e apedrejadas até a morte por extremistas enquanto o Exército da Nigéria se aproximava para tentar resgatá-las.
Enquanto Osotimehin informou que elas precisam de ajuda médica e psicológica urgente, relatos dimensionaram um pouco do terror vivido. Ex-reféns afirmaram que algumas de suas companheiras foram estupradas e apedrejadas até a morte por extremistas enquanto o Exército da Nigéria se aproximava para tentar resgatá-las.
— Me converteram em objeto sexual. Faziam turnos para se deitar comigo. Estou grávida e não sei quem é o pai — contou Asabe Aliyu, de 23 anos.
Os testemunhos contados pelas tantas jovens são dolorosos e impressionantes. As sobreviventes contaram que não ficavam sozinhas em momento algum, nem mesmo para ir ao banheiro. Quanto à alimentação, elas só tinham direito a uma refeição por dia.
— Comíamos somente milho seco à tarde. Não era bom para o consumo humano — relatou Cecilia Abel à Reuters.
— Todos os dias, testemunhamos a morte de uma de nós e esperávamos pela nossa vez — acrescentou Umaru, de 24 anos.
Algumas das crianças eram “apenas pequenos corpos esqueléticos”, descreveu o repórter Michelle Faul, da agência AP, depois de visitar o acampamento para onde os sobreviventes foram levados.
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